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O que você acha que é

PATRIMÔNIO?

Será que em Caicó tem isso?

É comum as pessoas acharem que só existe patrimônio histórico em importantes cidades turísticas. E não é por acaso. No Brasil costuma-se considerar patrimônio, e então proteger, apenas os bens de “excepcional valor” e que estejam ligados a “fatos memoráveis da história do pais”¹.

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Caicó não é uma grande cidade presente nos livros de história do Brasil e do mundo. Mas foi dela que vieram todas as cidades do Seridó. Antes só havia ela, a então Vila Nova do Príncipe, e daí foram se desmembrando todos os outros núcleos urbanos². E o que seria do Rio Grande do Norte sem essa região?

Quando se pensa no que caracteriza o povo potiguar não se pensa só no litoral, nas praias e no camarão. Lembramos do sertão, das festas, dos costumes do interior e da carne de sol na nata. O Seridó e suas expressões culturais são fundamentais na construção da identidade do nosso estado. E Caicó, principal cidade na história dessa região, carrega muito disso.

 

Aquela igreja não é só uma igreja, é símbolo de uma tradição da cidade. A praça não é só uma área livre, é palco dos eventos de várias épocas. Aquela casa é o retrato do cotidiano de outrora. E tudo isso é a história dessa cidade e de seus moradores. Tal qual um marco histórico europeu é importante para a humanidade, nossos prédios e nossa cidade são importantes para nós, pois são o registro concreto da nossa história e dos nossos costumes.

Cultura do Seridó é cultura do Rio Grande do Norte.

Lá na Europa, em 1964, um grupo de arquitetos se juntou pra discutir sobre conservação do patrimônio histórico. Passou-se a considerar patrimônio todas as construções e áreas urbanas ou rurais que fossem o testemunho da evolução de um povo, incluindo inclusive obras mais simples, e tudo que tivesse para aquela população um significado cultural³.

 

Ao observamos o centro da cidade de Caicó percebemos que nele está a maioria das construções que são o testemunho vivo da nossa história e da nossa riqueza cultural. É o nosso patrimônio histórico e conservá-lo é conservar também nossas raízes e nossa identidade. Se o destruirmos perderemos a personalidade única da nossa cidade e a essência do que somos: caicoenses.

Texto de 2015 por Lívia Nobre para trabalho de conclusão de curso, disponível em: https://monografias.ufrn.br/jspui/handle/123456789/1951

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